terça-feira, 18 de outubro de 2011

Conhecimento Geográfico : Do Empirismo à Razão - Parte II

(...)

Como foi abordado na postagem anterior, o conhecimento geográfico nasceu na idade antiga, no entanto era completamente desprovido de métodos científicos.
Na Idade Média o conhecimento geográfico embora ainda não sistematizado cientificamente, ganhou a implantação das técnicas, especialmente cartográficas, já que nesse período o espaço foi reorganizado a partir do grande aporte dos árabes com a interação cultural e o estabelecimento de novas relações com a natureza e com o espaço, que ganhavam dimensões desproporcionais com os impactos da falta de um método de pesquisa e estudo que abordasse os mais diversos elementos necessários ao saber geográfico.
Todavia, na Idade Moderna foi possível ver uma grande expansão do que se conhecia como o conhecimento científico, onde tudo era submetido à provas e verificações, e após isso era referendado ou não, tudo dependia da comprobabilidade.
Foi aqui que as concepções geográficas acerca da natureza e do espaço vivido sofreram um grande impacto mecanicista e altamente fragmentador. Este fato notavelmente atrapalhou a busca de idéias que convergiam à sistematização do conhecimento. Elementos eram perdidos, fatos não eram absorvidos, tudo por ver os sistemas como sendo uma simples soma das partes. O todo-complexo então passava despercebido, e as sentenças com certeza se tornavam falhas.
Essa realidade chegou com o nascimento da física clássica, onde a visão fragmentada estava a par do pensamento cartesiano, assim o todo só era compreendido pelas suas partes, e ainda, se analisadas separadamente. Isso gerou um processo de expansão do método que deu origem à uma ciência enferma, onde tudo parece estar em constante incompreensão, cheia de teorias imprecisas que não correspondem à nossa realidade, aos nossos maiores problemas.

Continua ... 

Nenhum comentário: